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Biografia de Gaspard Monge

[♀]Matemática na Veia 2007-2016 O Blog do Estudante Inteligente

Relatos de erros e correções em relação ao português serão bem vindos e podem ser esclarecidos através do RH - Sugestões e Reclamações.

GASPARD MONGE

Matemático francês, Gaspard Monge nasceu a 10 de maio de 1746, na cidade de Beaune, e faleceu em Paris, a 28 de julho de 1818. Filho de humilde trabalhador, Gaspard foi enviado ao Collège dês Oratoriens, em sua cidade natal. Destacou-se aí, desde cedo, revelando a diversidade de suas aptidões – técnicas e intelectuais – e mostrando sua habilidade como desenhista e inventor. Afirmando que era dotado de “invencível tenacidade” e que possuía “dedos capazes de traduzir com fidelidade geométrica seus pensamentos”, Monge obtinha invariavelmente, o primeiro posto na escola. Seus mestres o consideravam puer aureus [menino de ouro].
Terminando seus estudos de filosofia, física e matemática, em 1762, transferiu-se par Lyon, visando a um aperfeiçoamento em física. Lecionou a disciplina em Lyon, retornando à sua cidade natal em 1764, sem, no entanto, tomar as ordens, como era do desejo dos oratorianos de Beaune. Contando apenas 16 anos, Monge fez um levantamento e um traçado de sua cidade, construindo, ele próprio, os instrumentos necessários para a tarefa. Quando esse trabalho foi examinado pelo coronel Vigneau, comandante da escola militar [École Royal du Génie] de Mézières, Monge foi convidado a trabalhar naquele estabelecimento, esperando seus diretores que lê os auxiliasse a traçar planos de defesa bem como a construir obras de arquitetura e a efetuar o corte de pedras. Monge transferiu-se para Mézières e ali passou vinte fecundos anos de sua vida. Durante seus trabalhos na escola militar, para resolver um complicado problema de construção de fortificações, Monge inventou método novo, muito mais simples do que os até então conhecidos – e que viria a ser alicerce da geometria descritiva.

Monge conquistou, de imediato, um cargo docente, encarregando-se de instruir os futuros engenheiros militares, ensinando-lhes o novo método considerado, por 15 anos, ‘segredo militar’, que ninguém estava autorizado a divulgar. O método só foi divulgado ao público em 1794 [na Escola Normal Superior, de Paris]. A simplicidade da questão, nas mãos de Monge, provocou segundo se afirma, a reação de Langrange: “Antes de ouvi-lo, não sabia que sabia geometria descritiva”.

Monge assume o cargo de professor de matemática – tendo revelado, pouco antes, possuir sólidos conhecimentos de geometria e de análise. Nessa época inicia correspondência com d’Alembert e Condorcet. Estes haviam sugerido a criação, no Louvre, de um instituto onde se fariam pesquisas em hidráulica. Monge foi chamado a Paris, para dirigir o instituto, mas precisou comprometer-se a continuar seu programa de trabalho em Mézières.

Em 14 de janeiro de 1780, foi eleito adjunto de geometria, na Academia de Ciências, Substituindo Aléxis Théophile Vandermonde [promovido a associado]. Devia, em conseqüência, fixar residência em Paris, aí permanecendo pelo menos cinco meses de cada ano. Dedica-se com afinco à física e à química. Sua atividade lhe vale indicação para o cargo de examinador da marinha. Em face das numerosas atribuições que recebe, deixa, enfim, em 1783, a escola de Mézières. Eleito ministro da Marinha, em 1792, permaneceu no cargo por um ano apenas. Trabalhou, posteriormente, com que se entrega aos afazeres se traduz em homenagens oficiais. Além de tomar parte ativa na relevante na fundação da École Polytechnique, em 1794, tornando-se professor de geometria descritiva de ambos os estabelecimentos.

Em 1796, nomeado membro da comissão encarregada de recolher monumentos de arte e ciências, na Itália, entra em contato com Napoleão Bonaparte, conquistando as boas graças do chefe militar. Acabou, em função disso, participando da expedição ao Egito, demonstrando bravura no campo de batalha. Aos 10 de agosto de 1798, coube-lhe a presidência da comissão encarregada de criar o Instituto do Egito. Retornou a Paris, depois de muitas peripécias, escapando do cerco da flotilha inglesa e chegando à França em 1799. Aos 14 de dezembro desse ano, por força de sua amizade por Napoleão, foi nomeado para o senado, dando o primeiro passo para uma vida política e passando a desfrutar, daí em diante, de vida suntuosa. Serviu o império até o fim, retirando-se de Paris em 1814.

Mantendo-se escondido por algum tempo, retornou a Paris em 1816. Excluído do instituto e privado de seus bens, sem contar com o apoio de amigos e colegas, viu, ainda que sua mais cara obra, a École Polytechnique, era suprimida na reorganização do ensino. Por ocasião de sua morte, não lhe foram tributadas quaisquer homenagens oficiais, mas sábios que haviam sido seus amigos e os alunos mais chegados assistiram às exéquias, pronunciando de comparecer às cerimônias fúnebres; todavia, no primeiro dia de saída, foram visitar o tumulo de Monge, fundador da escola, num ato de reconhecimento e gratidão, cotizando-se para que o mestre tivesse erigido um monumento em sua memória. Dois de seus ex-alunos, L. Guyon e Barnabé Brisson, escreveram-lhe a biografia.

Não é fácil obter, dos especialistas, uma caracterização da geometria. Encarando a disciplina sob o prisma de um enfoque atual [correspondente ao pensamento dominante por volta de meados do séc. XX], um mínimo de temas deve ser colocado sob o rótulo geometria. Entre eles, os métodos euclidianos, as geometrias não-euclidianas e o moderno enfoque por meio de postulados; a geometria diferencial, de Euler, Monge e Gauss até Riemann e seus discípulos, com toda a influência que exerce sobre a moderna física matemática e sobre a cosmologia contemporânea; os estudos de Cayley, reduzindo a geometria métrica à projetiva; a geometria algébrica, que se prolonga nas funções abelianas; o programa unificador de Felix Klein e a sua superação, após 1916; e, por fim, os espaços abstrativos a topologia, que abrem segundo muitos, novos rumos para a matemática contemporânea.
O interesse pela geometria projetiva volta a estabelecer-se com as obras de Carnot [1803]. Poncelet, com seus trabalhos, investiga, de modo sistemático, fenômenos de invariância projetiva, mas cabe a Monge introduzir diversos pontos relevantes [como, em particular, o uso de pares de imaginários para a simbolização adequada de relações espaciais reais].

Monge Investiga, inspirando-se nos trabalhos de Euler, as linhas de curvatura, elaborando teoria geral da curvatura, que aplicou [em 1795] às quádricas. Consegue, simultaneamente, resolver diversas equações diferenciais parciais por meio de sua teoria das superfícies. Cabe a Monge o mérito de traduzir muitas questões relacionadas às equações diferenciais, colocando-as em linguagem geométrica.

A geometria descritiva inteiramente desenvolvida por Monge, pode não ser, do ponto de vista teórico, tão notável quanto a geometria diferencial. Sem embargo, é de enorme importância do ponto de vista tecnológico. Sem a geometria descritiva [em alguma de suas formas], é certo que a engenharia não teria progredido tanto no séc. XX. O esquema de Monge, usando representação de sólidos em superfícies planas, por meio de duas projeções [plana e elevada], facilitava a visualização de relações espaciais e se constituía em método uniforme para a resolução gráfica de problemas como o da determinação dos pontos em que duas superfícies se cortam. Tentativa e erro, no caso de corte de superfícies metálicas, poderiam conduzir a grandes desperdícios, evitados pelos métodos ensinados por Monge. O desenho mecânico – de que depende a construção de maquinas – não teria sido possível sem o uso dos esquemas simples introduzidos por Monge.

Monge escreveu cerca de sessenta trabalhos, abordando problemas diversos. Destacam-se:

"Sur la constructon des fonctions arbitraires qui entrent dans lês intégrales des équations aux différences partielles" - 1776; sobre a construção de funções arbitrarias que entram nas integrais das equações de diferenças parciais];

"Sur lê clacul intégral des équations aux différences partielles - [1784; sobre o calculo integral das equações de diferenças parciais];

"Sur les surfaces developpées, les rayons de courbure et les différents genres d’inflexions des courbes à doublé courbure " - [1785; sobre as superfícies desenvolvidas, os raios de curvatura e os vários gêneros de inflexões de curvas de curvatura dupla];

"Traité élémentaire de statistique " - [1786; tratado elementar de estatística];

"Dictionnaire de physique" - [1793-1822. 4 v; Dicionário de física];

"Descriptiun de l’art de fabriquer les canons" -[1794; descrição da arte de fabricar canhões];

"Géometrie descriptive " - [1795; geometria descritiva];

"Feuilles d’analyse appliquée à la géometrie" -  [1795; folhas de analise aplicada à geometria].

Veja também Outras Biografias de Matemáticos disponíveis no blog.


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Antonio Sobre a Autor:
Antonio Blogueiro desde 2007, gaúcho, gosta muito de ler, e é totalmente viciado em internet. Comecei blogar em 2005, e criei o Matemática na Veia no inicio de 2007. Sou formado em licenciatura Plena em Matemática pela UFPEL. Servidor Público,e fanático pela Web.
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1 Comentários:

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