Ciêntistas criam a fórmula matemática do amor

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A fórmula matemática do amor

Cientistas criam fórmula matemática capaz de prever, se o seu casamento será duradouro ou não. SEATTLE, EUA - Conseguir prever se um relacionamento será longo e duradouro é o sonho de quase todo casal. Um grupo de cientistas afirma ter conseguido essa proeza através do uso de uma fórmula matemática, cujo índice de acertos é de 94%. E o melhor: segundo os especialistas, o amor ainda faz parte da equação.

Dá para acreditar nisso? Segundo algumas teorias matemáticas, podemos prever muitos acontecimentos, portanto devemos pesquisar antes de acreditar, ou até mesmo antes de fazer qualquer crítica a estas descobertas matemáticas.

Um exemplo bem prático é a teoria dos jogos que foi tema principal do filme "Uma mente Brilhante". Que se baseou na biografia de John Nash escrita por Sylvia Nasar, e começa com a chegada do jovem Nash à Universidade de Princenton, em 1947.

Mas mesmo que você não acredite em fórmulas e teorias milagrosas, é interessante que você leia o artigo na integra, para entender como foi elaborada a pesquisa para construção da fórmula do amor. Agora vamos seguir com a entrevista:

- Ficamos muito surpresos ao vermos que conseguimos prever com tanta precisão se um casamento vai dar certo. As previsões feitas apenas pela psicologia são muito ruins - afirmou o psicólogo John Gottman, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa de Relacionamentos e especialista da Universidade de Washington, durante uma apresentação no Encontro Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência [AAAS, na sigla em inglês].

O cientista afirma que o modelo matemático usado por eles é muito mais simples do que muitos relacionamentos. Segundo Gottman, ele e sua equipe - formada pelos matemáticos James D. Murray e Kristin Swanson -. Precisam apenas observar a conversa do casal analisado por 15 minutos para obter o "veredicto".

- Nós analisamos se o casal é carinhoso e amigo, se prestam atenção no que o outro fala, como lidam com os conflitos e vamos computando pontos para cada aspecto positivo e negativo do relacionamento. Os casais que obtinham mais pontos positivos que negativos permaneciam casados. Esses, em geral, apresentavam cinco vezes mais pontos positivos que os que se separavam - contou Gottman.

Após comprovarem que seu sistema de previsão era eficaz, Gottman e sua equipe decidiram buscar uma explicação matemática que poderia dar origem a uma teoria. O resultado foi batizado por eles de "Gráfico Dow Jones de Conversas Maritais". A fórmula encontrada pelos cientistas não só foi capaz de prever se os casamentos iriam durar, mas também indicou a existência de cinco tipos diferentes de união, três delas estáveis.

- O primeiro eu chamo de casais que evitam conflitos. Eles nunca brigam ouvem um ao outro, não tentam persuadir o parceiro e são felizes. O segundo que chamo de volátil, parecem dois advogados num tribunal: brigam o tempo todo, mas são muito passionais e vivem felizes. São os únicos casais que pude observar que, depois de 15 anos, ainda sentem ciúme do parceiro.

O terceiro seria um meio-termo, que chamo dos que estão validando o relacionamento. Eles brigam por alguma coisa, mas ouvem um aos outros. Os dois modelos infelizes são formados por um marido que está validando e uma mulher que é volátil ou que evita brigas - explicou Gottman.

Mas para os cientistas, o mais impressionante foi observar que as pessoas que tinham um casamento feliz apresentavam um sistema de influência similar, ou seja, estavam dispostos a ouvir o parceiro e a mudar de idéia, caso achassem necessário. Para Gottman, a chave para um relacionamento duradouro e saudável está na inteiração entre os parceiros.

- Em geral, observamos que os casamentos que darão certo são aqueles nos quais os conflitos são levantados de maneira gentil. Nos Estados Unidos, são as mulheres, na maior parte das vezes, as responsáveis por apontar os problemas. Mas os homens também devem tentar entender melhor o que incomoda suas esposas e não simplesmente reagir de maneira agressiva e não ouvi-las explicou Gottman.

Gottman e sua equipe também observaram as relações entre homossexuais. Segundo ele, os casais de gays e lésbicas apresentavam mais pontos positivos do que negativos em sua união.

- Muitos casais de homossexuais continuavam a se comportar como se estivessem ainda flertando mesmo anos depois de viverem juntos - afirmou Gottman.

O psicólogo ressaltou ainda que o mesmo tipo de pesquisa foi conduzida por outros especialistas em países como a Grã-Bretanha, Austrália, Espanha e Holanda. Em geral, os resultados observados foram bastante similares.

Com o sucesso da previsão do sucesso de relacionamentos, os cientistas planejam agora investir num estudo similar sobre a relação entre mães e filhos. Eles querem poder prever também quais as mulheres serão boas mães antes mesmo de elas engravidarem.

*A repórter viajou a convite da AAAS.

Juliana Braga - Globo On Line

Em breve mais atualizações, aguarde.

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Sobre a Autor:

Antonio Blogueiro desde 2007, gaúcho, gosta muito de ler, e é totalmente viciado em internet. Comecei blogar em 2005, e criei o Matemática na Veia no inicio de 2007. Sou formado em licenciatura Plena em Matemática pela UFPEL. Servidor Público,e fanático pela Web.